purificação?
Quero encarar esta aridez, estas sombras que me cercam e impedem de ver a luz que, no entanto, sei que infinitamente brilha por detrás e para além delas, como uma purificação, vivê-las como noites dos sentidos e do espírito.É que, não obstante a incapacidade de sentir, como noutro tempo, a Sua presença, cada vez mais e à medida que vejo aproximar-se o fim da viagem, se consolida em mim a certeza de que se trata da última oportunidade de fazer ainda a tão necessária aprendizagem da humildade e do despojamento nesta via de aperfeiçoamento do ser em que me vou tornando ou que em mim se vai formando como nova criatura em gestação.O cântico que coloquei no meu post anterior diz o anseio da minha alma neste troço mais árduo da subida dessa montanha que sou eu mesma: tudo entregar nas Suas mãos para sentir vivo e ardente o desejo de viver dia-a-dia na Sua presença, como nesse outro tempo em que era verde a encosta e coberto de flores o caminho. O que é que me desmotiva? Porque preciso tanto de uma mão que me levante e puxe por mim? Escuto as palavras de Traherne àquela que vê como «a amiga do Seu melhor Amigo»: «Rise noble soul and come away ... »

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