uma outra forma de presença
Coloquei no último post um poema de Sophia de Mello Breyner por ele me abrir uma via de reflexão sobre a natureza de uma outra forma de presença, tanto mais maravilhosa quanto "noch bei Leibes Leben", na expressão de Angelus Silesius, e não menos misteriosa.
Na verdade, se a referência ao "cipreste agudo" leva a pensar que o poema é dirigido a alguém que deixou o corpo físico, tudo o mais mo dá a ver como irrompendo da relação trina tu/Tu-eu, proferido por um eu que nasce da relação em que intervém no acto em que enuncia/anuncia as palavras que leio (ou escuto cantadas).
Assim o ligo à presença maravilhosa de que falo enquanto contemplo o seu mistério.
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