sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Beleza tão antiga e sempre nova

A escrita abre ao pensamento uma via na direcção de uma "verdade" que almejamos, que orienta o nosso caminhar e que é ao mesmo tempo aquilo em que, seguindo-a, nos vamos tornando, passo a passo. Nesta perspectiva (em que a "verdade" e a "beleza" uma na outra se convertem na trindade com o maior bem),  é para uma cada vez maior beleza que avançamos, uma beleza, que, para quem for capaz de a "ver", transparece no rosto, na voz, na palavra do "outro". A tal sendo chamado, mais «privilegiado» não poderia ser (mesmo que, porventura, o não tenha abonado a natureza ou o tempo nele tenha deixado impressa a sua marca...).A experiência desta beleza é sentida como manifestação daquela alegria transbordante que é a Sua e que Ele quis que em nós estivesse e fosse plena. Tarde, não, antes diria cedo Te amei, ó Beleza tão antiga e sempre nova... 

Tal a beleza que nos salva. O corolário formular-se-ia na nossa mente ainda que não fosse, nesta linha de pensamento, explicitado pelo grande escritor russo: «não há nem pode haver nada mais belo do que Cristo!». Tendo encontrado aqui um excerto em inglês, aqui o trago:

‘Sometimes God sends me moments in which I am utterly at peace. In those moments I have constructed for myself a creed in which everything is clear and holy for me. Here it is: to believe that there is nothing more beautiful, more profound, more sympathetic, more reasonable, more courageous and more perfect than Christ, and not only is there nothing, but I tell myself with jealous love, that there never could be.’