segunda-feira, 9 de agosto de 2010

continuando...

Se distingo hoje vários ciclos ou etapas da viagem, marcadas cada uma delas por um modo especial de encontro com a poesia, sinto ser-me agora reclamado um maior distanciamento de mim mesma na impossível mas tão desejada aproximação da compreensão do outro.
Que dizer, porém, quando o outro se torna a pura resposta à voz que o chama a perder-se de si escutando-a? Será a reverberação dessa voz nestas palavras o espírito que vivifica o corpo e a alma do poema que elas são?
Não faz por isso sentido perguntar, como antes, o que me dizem, sendo de mim mesma que apelam a que me liberte. É como se me arrancassem à história que desisti de contar face às tão diferentes versões que dela leio, narrativas que não protagonizo de tão estranho me ser o "eu" em que se centram.