«donde não pensamos, nos vem o proveito»
Pretendendo contrariar o que ajuíza como alheamento e fuga à realidade, há quem opte por sobrevalorizar o que se passa no que poderia tomar como o nível básico, o "nu e cru" dos aspectos em que cada indivíduo é «como todos os outros» (estou já a glosar o "mote" apresentado no convite para um encontro em Fátima em que penso participar sem saber o que seja) .
Se fatalmente estes aspectos não deixam de estar envolvidos no que chamo «reencantamento do mundo» e que não é nem uma idealização nem uma sublimação do que nesse nível básico se me depara (e tento serenamente encarar como me não sendo alheio: nihil humanum...), serão como os traços a lápis na tela que as tintas irão cobrir, constituindo um mero suporte funcional a que inteiramente se sobrepõe o que a cor, a luz e a sombra farão surgir. Tais são os aspectos em que cada indivíduo - cada ser, seja de que natureza for - é «como alguns outros» e «como nenhum outro», tal sendo o que o faz especial, raro, único.
Compreende-se que, do mesmo modo, única, rara e especial seja a história de cada um, nas sucessivas versões que fará dela consoante o que, em perspectiva, se lhe for revelando, na certeza de que de adiante vem o que se lhe afigura ter sido, ainda que o não tivesse podido prever então. A reforçar cada estádio presente da narrativa - e só ele existe - está o que lhe é, assim, propiciado ver do que foi, facilitando-se-lhe uma abertura expectante ao que do por vir é já. Não caminhamos para trás, nenhum rio regressa à nascente ainda que tudo seja água de um mesmo mar.
Nesta convicção, dia a dia reconstituo o caminho na forma da história de que houvesse de Lhe houvesse de dar conta, sabendo que só mesmo Ele a conhece.
«É sempre bom falar de Deus, que, donde não pensamos, nos vem o proveito», escreve Teresa de Jesus (Teresa d' Ávila). De Deus ou de nós mesmos quando n' Ele nos buscamos (as palavras «busca-te em Mim» constituíam o mote do «Certâmen» de que Teresa de Jesus se viu forçada a aceitar a «judicatura»).
Se fatalmente estes aspectos não deixam de estar envolvidos no que chamo «reencantamento do mundo» e que não é nem uma idealização nem uma sublimação do que nesse nível básico se me depara (e tento serenamente encarar como me não sendo alheio: nihil humanum...), serão como os traços a lápis na tela que as tintas irão cobrir, constituindo um mero suporte funcional a que inteiramente se sobrepõe o que a cor, a luz e a sombra farão surgir. Tais são os aspectos em que cada indivíduo - cada ser, seja de que natureza for - é «como alguns outros» e «como nenhum outro», tal sendo o que o faz especial, raro, único.
Compreende-se que, do mesmo modo, única, rara e especial seja a história de cada um, nas sucessivas versões que fará dela consoante o que, em perspectiva, se lhe for revelando, na certeza de que de adiante vem o que se lhe afigura ter sido, ainda que o não tivesse podido prever então. A reforçar cada estádio presente da narrativa - e só ele existe - está o que lhe é, assim, propiciado ver do que foi, facilitando-se-lhe uma abertura expectante ao que do por vir é já. Não caminhamos para trás, nenhum rio regressa à nascente ainda que tudo seja água de um mesmo mar.
Nesta convicção, dia a dia reconstituo o caminho na forma da história de que houvesse de Lhe houvesse de dar conta, sabendo que só mesmo Ele a conhece.
«É sempre bom falar de Deus, que, donde não pensamos, nos vem o proveito», escreve Teresa de Jesus (Teresa d' Ávila). De Deus ou de nós mesmos quando n' Ele nos buscamos (as palavras «busca-te em Mim» constituíam o mote do «Certâmen» de que Teresa de Jesus se viu forçada a aceitar a «judicatura»).
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