sábado, 12 de março de 2011

«Such faith can move mountains!»

Já de há muito tempo que, também "lá fora", procuro não atentar no mal como se, de facto, tal fosse uma forma de lhe assegurar a "energia" de que precisa para subsistir, energia esta que está nas mãos de cada um canalizar para o bem, sejam quais forem as circunstâncias.

O reconhecimento de este princípio de conduta não só não ser novo como ter-se já tornado um lugar-comum reforça para David Hamilton a convicção de que um cada vez maior número de pessoas o adoptou, estando, deste modo, a contribuir activamente com os seus pensamentos e desejos e palavras e acções (por eles ditadas), para uma mudança, que ocorrerá repentinamente, alcançado que for o «ponto crítico» (exemplifica com a gota de tintura que, de repente, tinge toda a água do balde, incolor um instante antes, sendo a que faltava para que se manifestassem as que já lá estavam diluídas).
Tocou-me neste autor a humildade, a simplicidade e o desassombro com que, quando a maior parte parece ter vergonha das suas próprias raízes, se não esquiva em as trazer à luz e deixar que brilhem num renovado esplendor de verdade. A este propósito, por exemplo, transcreve as palavras de Jesus relativas ao «apresentar a outra face». Na verdade, o não alimentar o mal com a energia nem mesmo de um pensamento, antes dirigi-la toda para o bem é, numa linguagem e contexto actuais, o que já está claramente dito em Mat 5:39; Luc 6: 29; Rom 12:20.
David Hamilton não deixa, ao mesmo tempo, de apontar que este princípio é comum a todas as religiões orientadas para o bem - e o mesmo é dizer para o amor, com ênfase na bondade, no perdão, na paz. Referindo por vezes Krishna e Siddharta (Buda), tacitamente deixa claro não ser intenção sua enveredar por caminhos que não domina como sejam os da "religião comparada".
Transcrevo do fecho do livro It's the thought that counts (palavras que toma de a mãe muitas vezes lhas ter dito) estes passos em que poderia estar a ouvir Thomas Traherne falando hoje entre nós:

But the most important aspect of your thoughts, feelings, words and actions is where they come from. Helping someone through genuine compassion, for instance, is far more powerful than doing so out of a sense of guilt or a desire to be recognized for your kindness. In the same way, intentionally crushing an insect has a destructive effect. It is the thought behind the act, however insignificant, that is important. It's the thought that counts.
(...)
Choose love, choose peace, choose kindness, choose honesty and extend your hand in forgiveness and trust. Let these new choices colour the actions of your life from this day onwards. Then you will see the beauty and magnificence that are already present around you and you will believe that everything is indeed perfect.
Such faith can move mountains!