no desejo de uma visão unificadora
Tenho deixado aqui anotações, se é que tal lhes posso chamar, de um esforço de reflexão que se me torna tanto mais penoso quanto tento seguir uma linha, um rumo, chegar a uma visão unificadora. Algo de endémico há que me move a não querer ficar pela divisão - e, se falo em divisão, é porque pressinto uma inteiridade (um termo para wholeness) em que se (re)liga o que pensamos distinto (ou como tal o queremos pensar).
Importa-me convocar aqui os planos da vida e do texto - não da vida em abstracto, mas da vida de cada um, na sua singularidade irrepetível (quer viva ainda, quer tenha morrido); não do texto em abstracto, mas deste ou daquele texto concreto - e, com esses planos, os do autor e do sujeito da enunciação, do destinatário e do enunciatário (directo ou oblíquo).
A perspectiva unificadora que entrevejo é a que dá a ver a vida como viagem em que se interligam os planos da vida e da escrita e esta surge, não como um mero modo de verbalização/expressão, mas como possibilidade que se oferece ao pensar (inseparável do sentir, portanto melhor seria dizer ao "eu" ou à "consciência") de se lhe substituir, facultando-lhe a abertura necessária à (re)ligação ao que o move e direcciona.
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