«retende o que for bom»
«Examinai tudo e retende o que for bom» (1 Tes 5: 21). Tenho perseverado na oração da manhã em que, como disse já, a ligação, se acontece, é tão subtil que só chega a aflorar a pele no momento em que, pedindo-a, me é dada uma palavra de luz. Hoje surgiu esta, que não tinha ideia de já ter lido, em que, afinal, S. Paulo recomenda um procedimento que tenho procurado adoptar, muito especialmente quando se trata de crenças e de práticas ligadas a esta ou àquela religião (ou a todas e a nenhuma em particular, como parece ser cada vez mais o caso). Examino tudo o que vejo - o que "está aí" - e deixo a arqueologia para os entendidos, lamentando que, tudo examinando, sejam muitos os que, contrariamente à recomendação em epígrafe, retêm apenas o que for mau.
Deixo de incriminar as religiões no momento em que retiver, na sua história (e isto que digo não implica que a desconheça), o que se me apresenta de bom, de muito bom, havendo-o em todas elas. Falando daquela em que tenho todas as minhas referências, vejo o facho-testemunho, miraculosamente aceso, não obstante as vicissitudes de toda a ordem sofridas e vencidas ao longo dos tempos por aqueles que, «de mãos limpas e coração puro» o receberam e o passaram a outro, até, de mão em mão, chegar aos tempos de hoje. Se examinar o que me é dado aperceber das outras religiões e retiver o que for bom, mais viva verei brilhar a sua luz.
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