digressão e divagação
Sempre que tenho começado a escrever um post, alguma coisa, com uma força impossivelmente ao mesmo tempo subtilíssima e poderosíssima, me tem levado num rumo diferente daquele que à partida pretendia seguir. Não posso dizer que tomei este ou aquele rumo, apenas posso dizer que o segui. No entanto nunca se tratou de modo algum de um caminho pré-traçado, mas sempre um caminho a traçar-se com o meu consentimento, se não com a minha vontade. Esta, no entanto, vai-se moldando ao "sim" que no mais íntimo e profundo de mim quero dizer à "voz deste chamamento". Compreendo bem a simbologia que me faz ver simultaneamente a estrada a abrir-se acompanhando o relevo da montanha e a superfície plana do mar a estender-se infinitamente desde a linha da praia onde quebram as ondas à linha do horizonte. Pergunto: se é para os "poemas do Viandante" que o coração me orienta o olhar, por que me perco em digressões teóricas e agora nestas divagações pessoais?
Disse alguma coisa (com respeito a essa vontade que se me dá a sentir actuante na minha) como poderia dizer alguém (já que lhe atribuo vontade própria).
Tal como a física que conhecemos, também a gramática, que controla e é controlada por um modo de pensar que se coaduna a essa mesma física, parece ameaçada de colapso na sua manifesta inadequação quando a referência se situa numa outra esfera de existência (concomitante ou paralela, porém com pontos de tangência com esta): os géneros deixam de fazer sentido (particularmente nas formas pronominais) assim como a distinção entre quem e o quê, entre passiva e activa, e até entre os tempos verbais, enquanto a noção de causalidade dá lugar à implicação mútua. Ficará, porém, sempre a noção de pessoa na relação trina que a faz surgir como primeira, segunda e terceira. Ia dizer que ficará como o amor em 1 Cor 13, mas seria redundante já que o amor envolve esta indissolúvel trindade de pessoas (eu, tu e o que nos liga) à Sua semelhança, Sua, de um três que como trindade se revela assomando neste plano de existência ou esfera do ser em que se não confina. (Não se esgotará nunca a reflexão analítica do "eu sou" do Pai ou do "sou eu" do Filho...)
Disse alguma coisa (com respeito a essa vontade que se me dá a sentir actuante na minha) como poderia dizer alguém (já que lhe atribuo vontade própria).
Tal como a física que conhecemos, também a gramática, que controla e é controlada por um modo de pensar que se coaduna a essa mesma física, parece ameaçada de colapso na sua manifesta inadequação quando a referência se situa numa outra esfera de existência (concomitante ou paralela, porém com pontos de tangência com esta): os géneros deixam de fazer sentido (particularmente nas formas pronominais) assim como a distinção entre quem e o quê, entre passiva e activa, e até entre os tempos verbais, enquanto a noção de causalidade dá lugar à implicação mútua. Ficará, porém, sempre a noção de pessoa na relação trina que a faz surgir como primeira, segunda e terceira. Ia dizer que ficará como o amor em 1 Cor 13, mas seria redundante já que o amor envolve esta indissolúvel trindade de pessoas (eu, tu e o que nos liga) à Sua semelhança, Sua, de um três que como trindade se revela assomando neste plano de existência ou esfera do ser em que se não confina. (Não se esgotará nunca a reflexão analítica do "eu sou" do Pai ou do "sou eu" do Filho...)
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