primeiro domingo do Advento
Foi hoje o primeiro domingo do Advento, o início do novo ano litúrgico. Acendi a primeira vela, prometendo a mim própria continuar até acender as quatro, simbolizando neste gesto o desejo de viver em profundidade o mistério da Incarnação, arredando para bem longe o que se tornou a maior festa do consumismo. Será porventura a primeira vez que o conseguirei, arrastada que tenho sido todos estes anos a sustentar uma tradição cada vez mais esvaziada do seu verdadeiro sentido, mesmo neste pequeno núcleo que através de mim se constituiu e em que, todavia, tão pouca sintonia encontro.
Mas não é circunstancial o que em mim apela a me voltar para Aquele em quem ponho toda a minha confiança, nesta inabalável certeza de que estará sempre comigo, mesmo quando, por minha culpa, não sinto sobre mim a pressão doce e suave da Sua mão, que me ampara e sustém.
Que Ele me ensine a ver/ler, não o que as coisas ou as palavras são em si, faltando-lhes precisamente aquilo que motiva todo o criador à criação e que é o que tu e eu lhes acrescentamos no vê-las/lê-las, mas com esse quantum de mistério que daí mesmo lhes advém e as ilumina por dentro e em redor. Que seja pelos Seus olhos que os nossos as vejam/leiam e o mistério será luz que não cega, nada ocultando atrás de si e nada a podendo ocultar interpondo-se. Que são as coisas ou as palavras em si, para além de nos serem oferecidas como maravilhoso suporte deste mistério? E por "coisas" e "palavras" subentendemos os acontecimentos que envolvem e em que são envolvidas, na vida como na escrita.
Mas não é circunstancial o que em mim apela a me voltar para Aquele em quem ponho toda a minha confiança, nesta inabalável certeza de que estará sempre comigo, mesmo quando, por minha culpa, não sinto sobre mim a pressão doce e suave da Sua mão, que me ampara e sustém.
Que Ele me ensine a ver/ler, não o que as coisas ou as palavras são em si, faltando-lhes precisamente aquilo que motiva todo o criador à criação e que é o que tu e eu lhes acrescentamos no vê-las/lê-las, mas com esse quantum de mistério que daí mesmo lhes advém e as ilumina por dentro e em redor. Que seja pelos Seus olhos que os nossos as vejam/leiam e o mistério será luz que não cega, nada ocultando atrás de si e nada a podendo ocultar interpondo-se. Que são as coisas ou as palavras em si, para além de nos serem oferecidas como maravilhoso suporte deste mistério? E por "coisas" e "palavras" subentendemos os acontecimentos que envolvem e em que são envolvidas, na vida como na escrita.
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