o "contacto"
É verdade que só através da escrita terei alguma vez vislumbrado o que possa ser a experiência viva da "relação especial" com o "outro", não menos especial.
Parece-me significativo que tal tenha acontecido pela primeira vez com um texto do século XV de quem se desconhece o autor, como é o caso de The Cloud of Unknowing. Não se saber de quem possa ter sido a mão que escreveu em nada obsta a que o "eu" que como tal se comunica (numa "comunhão" que transcende a mera "comunicação") "tenha vida e vida em abundância". Não certamente a que lhe comunica quem leia as palavras que encontra escritas, mas a que é inerente à "demasiada realidade" em que acontece a relação especial com aquele a quem elas verdadeiramente são dirigidas, seja directa, seja obliquamente. Se é deslumbrante o momento dentro e fora do tempo em que o "contacto" (no sentido etimológico do termo) acontece com quem há tantos séculos partiu deste mundo, que dizer de um contacto similar com quem ainda "aqui" está?
Parece-me significativo que tal tenha acontecido pela primeira vez com um texto do século XV de quem se desconhece o autor, como é o caso de The Cloud of Unknowing. Não se saber de quem possa ter sido a mão que escreveu em nada obsta a que o "eu" que como tal se comunica (numa "comunhão" que transcende a mera "comunicação") "tenha vida e vida em abundância". Não certamente a que lhe comunica quem leia as palavras que encontra escritas, mas a que é inerente à "demasiada realidade" em que acontece a relação especial com aquele a quem elas verdadeiramente são dirigidas, seja directa, seja obliquamente. Se é deslumbrante o momento dentro e fora do tempo em que o "contacto" (no sentido etimológico do termo) acontece com quem há tantos séculos partiu deste mundo, que dizer de um contacto similar com quem ainda "aqui" está?
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