terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

de novo a beleza

Parece-me compreensível que tenha eficácia nesta ordem de realidade  mais densa a que chamamos "mundo" essa outra, menos densa, com ela coexistente (porventura coexistindo outras de uma sempre maior pureza) e que seja através do pensamento que, de alguma forma, nela actuamos. Claro que estas coisas só podem ser entendidas como se entende a face literal de um símbolo, o mesmo é dizer como uma criança entende uma história (por exemplo, a da pequena sereia, tão profundamente simbólica).

Se um simples pensamento pode ter, por via da relação entre diferentes ordens de realidade, um insuspeitado alcance, que dizer de um poema quando ele é em si mesmo um símbolo perfeito e belíssima a sua face literal?