sábado, 10 de setembro de 2011

oração

Experimentando uma inelutável dificuldade em me "centrar" na oração, não deixo de perseverar em cada manhã. Já deixei há muito, nesta aceitação, de recorrer a "expedientes" como os que são sugeridos em livros de espiritualidade, como Centering prayer, em que Keating faz uma adaptação à mentalidade de hoje dos ensinamentos da Nuvem do Não-saber, ou em Mostra-me o Teu rosto, de I. Larrañaga.  Belos, continuarão a ser, sem dúvida. Ainda posso "ver" o rio - que serei eu mesma, mais do que a minha «corrente de consciência» - arrastar no seu caudal troncos, galhos, folhas caídas, tudo o que simboliza o que me dispersa. Mas agora não se trata de dispersão. O que me descentra não me dispersa, nada sendo que o rio arraste. Direi ser água, a mais pura água que só do Céu lhe pode vir. E se uma imagem me é dada, é a de um lago no coração da floresta.
Ofereço-Lhe, então, por inteiro, nesta oração tão pouco ortodoxa, as águas deste rio que na planície se espraia.