a nova face da poesia (1)
Feliz me parece a metáfora da "ilha do conhecimento": se incomensuravelmente se tem expandido, também, felizmente, na mesma proporção tem visto alongarem-se-lhe «as praias da ignorância». Digo felizmente por estas constituírem a clara evidência de que a realidade é infinitamente maior do que a mente humana racional poderá jamais apreender, confinada não só às coordenadas da sua existência nesta ordem mais densa (da realidade), mas também às que a si mesma impõe em nome do que chama "razão".
Se, na história da civilização e na história do indivíduo, à fase mítica se sucede a racional (e a esta, felizmente também, outra ou outras), os mitos não perdem o seu poder simbólico, antes pelo contrário, ao mesmo tempo que novos símbolos são criados (criados no serem descobertos e descobertos no serem criados, como me diz um distante eco de La métaphore vivante), que têm vindo a transmutar, transfigurando-a, a face conhecida (tradicional) da poesia.
Para o entendimento do símbolo - e o mesmo é dizer, desta nova poesia - colocam-se as cinco condições que Fernando Pessoa descrimina (será que já o referi aqui?), sem as quais «o símbolo será morto e o seu intérprete morto para o símbolo»: as quatro primeiras - "simpatia", "intuição", "inteligência", "compreensão" - culminam na quinta,que é, ela própria, indefinível: «direi talvez, falando a uns que é a graça, falando a outros que é a mão do Superior Incógnito». Dizer "graça" será o mesmo que dizer Espírito Santo?
Para o entendimento do símbolo - e o mesmo é dizer, desta nova poesia - colocam-se as cinco condições que Fernando Pessoa descrimina (será que já o referi aqui?), sem as quais «o símbolo será morto e o seu intérprete morto para o símbolo»: as quatro primeiras - "simpatia", "intuição", "inteligência", "compreensão" - culminam na quinta,que é, ela própria, indefinível: «direi talvez, falando a uns que é a graça, falando a outros que é a mão do Superior Incógnito». Dizer "graça" será o mesmo que dizer Espírito Santo?
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