quarta-feira, 1 de setembro de 2010

sonhos especiais

Tal como os sonhos recorrentes e/ou simbólicos relativos a esta dimensão da existência (como a onda sísmica e a águia), os que me levam a uma outra (apenas sei não ser esta) são marcados por três características fundamentais, extensivas a certos «acontecimentos » na vida dita "real": ficam para sempre vivos e nítidos na memória, são estruturados como símbolos e ligam-se como episódios de uma narrativa, sem analepses. 

Por muito maravilhoso que seja, sinto quanto é elementar tudo o que aprendi, sem nunca lograr  sair de mim mesma (mesmo naqueles em que surge alguém, que há muito partiu deste mundo,  a  quem dou conta do que vou descobrindo que posso fazer apenas com o pensamento e que me responde com um sorriso confirmativo). Porventura  será aqui que tenho de prosseguir na aprendizagem da descentração e centração n' Ele, para finalmente n' Ele encontrar o que me falta conhecer. Sustento a convicção de que a via mais propícia é a que um poema pode abrir. Como não hei-de alimentar esta convicção se com diferentes modos de poesia Lhe aprouve  assinalar os sucessivos ciclos de aprendizagem feita e a fazer nesta dimensão?