domingo, 18 de abril de 2010

Mat 22: 33

As palavras de Jesus sobre as ligações terrenas (Mat 22: 30) cada vez se haveriam de revelar, no seu mistério, mais profundamente significativas:"... serão como anjos de Deus no Céu".
Tal será o amor que desde sempre pressenti como se o tivesse "saboreado" já, numa outra "intensidade de existência" (o cântico, agora antigo, "Saboreai e vede como o Senhor é bom", activou sempre em mim esta impossível recordação, mesmo antes desse "encontro dos encontros" que tudo veio alterar na paisagem). Um amor relegado, porém, para uma outra "dimensão", impondo-se-me, nesta, uma integração no padrão aceite. Foi assim que procurei assegurar que fosse tanto quanto possível suave o leito deste rio tão certo do mar, mesmo quando ainda tinha todo o tempo diante de si até o alcançar.
O rio poderia ter-se simplesmente alargado na aproximação do litoral. Mas, como disse, foi um delta que se começou a formar, na extensão desértica de um imenso areal. "O amor vai correndo como um rio", era o cântico (do Renovamento) que mo anunciava. "Vai correndo para o deserto"... Assim seria, na verdade.