o "loop" aberto
Agora que já percebi que a "boa nova" que D.H. vem trazer é a de o "eu" ser uma "ilusão" semelhante aos "loops" de Escher, com a diferença de ser "real" por oposição a "ficcional", se continuo a ler I am a strange loop é porque, para além de me deixar vislumbrar o processo realmente estranho de uma ilusão se ver a si mesmo como ilusão, deixa espaços em que se rasgam arcadas sobre paisagens que sempre me fascinaram, nomeadamente a da matemática dos números com as suas frestas sobre o Mistério.
O poema 83.do Viandante tem como título "Viandante" e suscita a questão do que D.H. chama «a strange loop», de que, conforme diz, "Drawing Hands" de Escher poderia ser um "exemplo canónico", "se fosse real". O poema do Viandante, contrariamente a tudo isto, vem reforçar a minha "fé", se lhe posso chamar assim, na existência de um outro nível que, tocando este, lhe incute por instantes a sua «demasiada realidade» e que tal acontece no seio da dinâmica trinitária que nos instaura em diferentes graus de "intensidade de existência". É esta "intensidade" que propicia os momentos de "eternidade", no tempo fora do tempo, que são também aberturas sobre o mistério do Outro e, através dele, do "outro".
O que faz o loop (na imagem da "estrada russa" que faço dele) não «estranho», mas misterioso no ser natural e comum, é o retroceder envolvido no propulsionar-se adiante numa via que se abre no momento em que a circularidade se fecharia, como no desenho de Escher, não num movimento infinito, mas na paragem de todo o movimento: num ponto como aquele em que, engolindo-se uma à outra pela cauda, as duas cobras constituem um anel que se não pode apertar mais.
É inteiramente ao oposto deste aperto sem saída que me leva o "loop" que se me configura na reflexão que me suscita o poema "O Viandante" a continuar (como marco 83) "os poemas do Viandante" como "via rupta" na escrita e na vida. É uma arcada que se me abre sobre o mistério que só Ele sonda e conhece como sonda e conhece o mistério que sou. Só, porém, n' Ele, por Ele e com Ele, esta abertura acontece. E quando digo "Ele" poderia dizer também "compreensão", «demasiada realidade», Mistério.
Num novo post olharei através da arcada consoante ela se me for abrindo sobre o sempre apenas vislumbrado mistério.
O poema 83.do Viandante tem como título "Viandante" e suscita a questão do que D.H. chama «a strange loop», de que, conforme diz, "Drawing Hands" de Escher poderia ser um "exemplo canónico", "se fosse real". O poema do Viandante, contrariamente a tudo isto, vem reforçar a minha "fé", se lhe posso chamar assim, na existência de um outro nível que, tocando este, lhe incute por instantes a sua «demasiada realidade» e que tal acontece no seio da dinâmica trinitária que nos instaura em diferentes graus de "intensidade de existência". É esta "intensidade" que propicia os momentos de "eternidade", no tempo fora do tempo, que são também aberturas sobre o mistério do Outro e, através dele, do "outro".
O que faz o loop (na imagem da "estrada russa" que faço dele) não «estranho», mas misterioso no ser natural e comum, é o retroceder envolvido no propulsionar-se adiante numa via que se abre no momento em que a circularidade se fecharia, como no desenho de Escher, não num movimento infinito, mas na paragem de todo o movimento: num ponto como aquele em que, engolindo-se uma à outra pela cauda, as duas cobras constituem um anel que se não pode apertar mais.
É inteiramente ao oposto deste aperto sem saída que me leva o "loop" que se me configura na reflexão que me suscita o poema "O Viandante" a continuar (como marco 83) "os poemas do Viandante" como "via rupta" na escrita e na vida. É uma arcada que se me abre sobre o mistério que só Ele sonda e conhece como sonda e conhece o mistério que sou. Só, porém, n' Ele, por Ele e com Ele, esta abertura acontece. E quando digo "Ele" poderia dizer também "compreensão", «demasiada realidade», Mistério.
Num novo post olharei através da arcada consoante ela se me for abrindo sobre o sempre apenas vislumbrado mistério.
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