quinta-feira, 15 de abril de 2010

"isto" que me move

Estou com um grande atraso no trabalho de tradução em mãos... ainda o mosteiro da Batalha.

Assim dia a dia renuncio a esta urgência que sinto de responder a este chamamento, abandonar-me nele e deixar que escreva, se não por mim, sem dúvida comigo. Queria poder dispor de todo o tempo para me entregar a "isto" que me move à escrita, tão semelhante ao que, antes, me movia à oração. Como se de uma aventura se tratasse. "Ter oração", como o expressa Teresa d' Ávila não é o que, antes de saber o que tal pudesse ser, chamava "rezar". Também agora, "isto" que sinto e me move não é o que, antes de saber o que tal fosse, chamava "escrever". A dizer a verdade, no sentido por comparação "banal" destes termos, não escrevia, assim como também não rezava. Lia apenas. E meditava. E muitos anos passaram assim.

Acompanho os passos do Viandante, assinalados por poemas que desejaria poder glosar...
E volto agora ao mosteiro e às esculturas do portal... esperando poder dar ainda algum avanço a esta terceira e última parte.