A negação de si e a sede de justiça
A reflexão do Viandante com o título «Dessubjectivação» fala de uma vivência que me não é de modo algum alheia. O que diz faz-me presentificar tempos muito penosos e recapitular a aprendizagem feita, bem como consolidá-la com o que o agora me traz.
Evoco o momento em que, em face da concretização do que mais temia, encarei como «de oblação e sacrifício» o caminho que tinha por diante, certa de que Lhe seria grato não o sofrimento, mas aquilo mesmo que me faria a suportá-lo: a requerida negação de mim mesma, do meu eu exterior e superficial, presa do orgulho, temeroso da humilhação, centrado em si mesmo e nos seus projectos de felicidade.
Recordo como ao meditar a Sua paixão e a humilhação da cruz o temor me abandonou, ao mesmo tempo que, na aceitação do que tivesse de passar, se dissipavam as trevas em meu redor e a estrada se me abria diante de mim inundada de luz. Naqueles breves instantes era «verdade como o Sol» que, se eu nada podia na minha fraqueza, Ele tudo podia em mim. Por Sua infinita graça,terei passado, assim, a provação sem a chegar a viver na carne.
Mas não deixa de se entristecer a minha alma por todos aqueles que neste momento a sofrem num país onde os melhores são, em virtude do seu mérito, humilhados, marginalizados, escorraçados, se não mesmo aniquilados. Que dizer dos medíocres que por vias ínvias se apoderam do poder e o exercem com a prepotência, a injustiça e a crueldade que a vileza da própria alma lhes dita? Quantos conheci no microcosmos do meu local de trabalho? Mas devo eu julgar? Como é a sede de justiça dos que são em virtude dela bem-aventurados? Como lhes é saciada essa sede?
Em Fevereiro deste ano foi grande a minha alegria quando milagrosamente, de um modo que nunca poderia sequer ter imaginado, vi salva aquela que, sujeita a tanta provação, pusera sempre n' Ele a confiança, preocupando-se apenas com a rectidão do seu próprio caminho, a Ele só deixando a justiça.
Não sou eu privilegiada em ter como amigos os melhores? Aqueles poucos de quem Traherne dizia bastarem para erguer aqui a Jerusalém celeste. Mil graças Lhe dou por tudo isto.
Evoco o momento em que, em face da concretização do que mais temia, encarei como «de oblação e sacrifício» o caminho que tinha por diante, certa de que Lhe seria grato não o sofrimento, mas aquilo mesmo que me faria a suportá-lo: a requerida negação de mim mesma, do meu eu exterior e superficial, presa do orgulho, temeroso da humilhação, centrado em si mesmo e nos seus projectos de felicidade.
Recordo como ao meditar a Sua paixão e a humilhação da cruz o temor me abandonou, ao mesmo tempo que, na aceitação do que tivesse de passar, se dissipavam as trevas em meu redor e a estrada se me abria diante de mim inundada de luz. Naqueles breves instantes era «verdade como o Sol» que, se eu nada podia na minha fraqueza, Ele tudo podia em mim. Por Sua infinita graça,terei passado, assim, a provação sem a chegar a viver na carne.
Mas não deixa de se entristecer a minha alma por todos aqueles que neste momento a sofrem num país onde os melhores são, em virtude do seu mérito, humilhados, marginalizados, escorraçados, se não mesmo aniquilados. Que dizer dos medíocres que por vias ínvias se apoderam do poder e o exercem com a prepotência, a injustiça e a crueldade que a vileza da própria alma lhes dita? Quantos conheci no microcosmos do meu local de trabalho? Mas devo eu julgar? Como é a sede de justiça dos que são em virtude dela bem-aventurados? Como lhes é saciada essa sede?
Em Fevereiro deste ano foi grande a minha alegria quando milagrosamente, de um modo que nunca poderia sequer ter imaginado, vi salva aquela que, sujeita a tanta provação, pusera sempre n' Ele a confiança, preocupando-se apenas com a rectidão do seu próprio caminho, a Ele só deixando a justiça.
Não sou eu privilegiada em ter como amigos os melhores? Aqueles poucos de quem Traherne dizia bastarem para erguer aqui a Jerusalém celeste. Mil graças Lhe dou por tudo isto.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home