domingo, 18 de julho de 2010

«porquê este»?

Pode parecer que o que digo no meu último post introduz um motivo que destoa do teor geral deste blogue. O assunto tem, na verdade, constituído motivo de perturbação por si só suficiente para afectar a minha capacidade de reflexão sobre questões com a complexidade das que coloquei nos posts anteriores. Não desespero, porém, de voltar a encontrar a tranquilidade de espírito necessária a pensar através da escrita, como tanto desejo continuar a fazer.
No entanto, se é a vida como percurso de aprendizagem que me suscita (ou reclama)esta escrita, teria mais tarde ou mais cedo de trazer aqui a minha «missão com os animais» (como diz uma amiga minha), muito em especial com os cães. Foram chegando em cada uma das etapas percorridas (ou ciclos de existência) e tiveram um papel muito importante numa progressiva tomada de consciência face à vida, muito em especial à vida de relação.
São também eles um mistério, com os seus tão diferentes comportamentos e maneiras de ser, o seu modo de olhar e de interrogar, de entender e se fazer entender. Nunca encontrei uma resposta para a pergunta «porquê este?». Diria que cada um/uma me foi enviado/a por alguma razão que se me revelará. Assim tem sido.
À questão que invariavelmente me coloca quem não entende - «que diferença fazem dez, se são às centenas os cães abandonados?» A resposta também não varia: «para estes dez fez toda a diferença».